segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Fiat Lux




14....
O além desde o profundo se pertuba por ti,
Para te encontrar na tua chegada;
Ele desperta as sombras por tua causa
E todos so príncipes da terra,
Levanta todos os reis dos tronos.
Todos eles respondem e te dizem:
Tu também estás fraco como nós?
Tu estás parecido conosco agora?
A tua soberba está abatida na cova,
O som de tua música também;
Dormis em uma cama de gusanos,
E os verme são o teu lençol.
Como caíste do céu, ó Estrela da manhã,
Filho da alva!
Como caíste na terra,
Tu que maltratas as nações!
Tu falavas para ti mesmo:
Eu subirei ao céu;
Acima das estrelas estabelecerei meu trono?
E me assentarei nas extremidades do Norte;
Subirei acima das mais altas nuvens,
E serei um Todo-O-Poderoso?
Contudo tu serás lançadoem um precipício
Para o reino dos mortos,
No lugar mais profundo do abismo.
As pessoa vão passar por ti , te olhar e dizer:
Este é o homem que fazia a terra estremecer,
E fazia tremer de medo as pessoas?
Todos os reis, sim , todos eles,
Jazem em seus túmulos com honra.
Mas tu estas na lama, fora da sepultura,
Como um primogênito bastardo,
Coberto de mortos transpassados à espada,
Cujos os cadáveres não descem à cova
E são pisados por pedras.
Com ele não te reunirás em sepultura,
Porque destruites a tua terra
E matates teu povo.

4 comentários:

Bruno disse...

Isso é teu? Qual a inspiração? O que tu lê? Adoro encontrar gente que escreve bem assim por aqui!
Abraço!

Beto Canales disse...

Muito bom

Flávia disse...

Tocante como uma tragédia grega.

Beijo, querido.

Carolina Augusta disse...

profundo!

beijo