domingo, 6 de setembro de 2009

Doce Vingança : Monstro!



Ansioso Eduardo acendeu um cigarro em quanto esperava Henrique chegar. Estava furioso pois suas chaves não abriam as portas e fazia meia-hora que estava ali esperando. Por onde Henrique andaria naquele horário? Perguntava-se o aflito homem. Ansioso ia de um lado ao outro roendo as parcas unhas.
Apenas a visão de um Henrique risonho e satisfeito chegando na esquina o acalmou. O dono da casa olhou para seu visitante com uma expressão dura, o cenho fechado fez o coração de Eduardo murchar. Henrique abriu a porta e o esperou entrar.
Eduardo pulou em Henrique e foi logo tirando a roupa de seu amado, lhe fazendo um competente e apaixonado sexo oral. Henrique olhava a cena com desprezo e um sorriso sádico nos lábios, seus olhos brilhavam.

- Cadê tua roupa? Tu sabes como eu gostas das minhas mulheres, não sabe? – Henrique falava a meia-voz no ouvido de Eduardo, que delirava com o toque daquele homem.
- vou tomar um banho quando voltar quero te ver produzida para o sexo, entendeu?

O banho foi propositalmente demorado, para que Eduardo explodisse por dentro. Quando saiu do banheiro ainda molhado Eduardo estava de lingerie vermelha, salto agulha, maquiagem, sentado delicadamente à beira da cama esperando aquele homem que o atormentava.
- Como foi o teu dia hoje meu bem? – Henrique não respondeu, apenas fez movimentos com os dedos para que ele levantasse e virasse de costas e, de novo aquele sorriso diabólico no seu rosto.

Durante o ato sexual, Eduardo percebeu que estava perdidamente apaixonado pelo seu amigo de infância, pensou na briga que teve com a esposa hoje cedo, no nascimento da filha e como Henrique sempre fora compreensivo com ele, o ajudou apesar de tudo o que ele fizera nos últimos meses.
Henrique usava Eduardo para perversões sexuais, sabia o que fazer e onde fazer para controlar o parceiro na cama. Eduardo sabia que agora seu prazer sexual pertencia a Henrique, ele era seu dono agora. Transaram a noite toda, até que Henrique adormeceu, enquanto Eduardo lhe acariciava.

o Telefone tocou uma seis da manhã, acordando os dois. Realizado, rindo e falando docemente ao telefone durante vinte cinco minutos contados no relógio de Eduardo, Henrique estava todo espirituoso, seu amante era todo ciúme.

- Cara, eu preciso te dizer uma coisa. Eu te amo, te amo muito Henrique, nunca pensei que amaria um homem como eu te amo.
- Cala boca! Quero que tu saias daqui e não volte mais. Eu te odeio, Eduardo, eu te desprezo, tu para mim vales menos que nada.

Eduardo achava aquilo uma brincadeira sem graça mas sorria constrangido.

- Pára com isso. Não tem graça. – Henrique o olhava como sempre, igual a um irmão mais novo que idolatra o mais velho, e sorriu docemente para aquele homem que realmente odiava. Eduardo por sua vez, foi até ao falo de Henrique e passou a beijá-lo.

- Beija os meus pés. Prova que me ama, faça uma loucura por mim. – Eduardo não sabia o que fazer para provar o seu amor. Henrique ejaculou na sua face e mandou que ele não limpasse.

- Vai embora, não volta mais aqui, não suporto olhar para ti. E não limpa o rosto, se me amas vais sair do jeito que estas na rua. Vai embora e não volte aqui.

- O que tá acontecendo contigo? Tu nunca fostes assim comigo, eu fiz algo de errado?
- Fez. Vendou parte da agência, que eu suei para construir, recebeu o prêmio de publicidade que era meu como se fosse teu, roubou minhas idéias, e ainda bateu o meu carro comigo dentro.

- Tu surtastes? Achei que tivesse entendido meus motivos.

- Surtei, depois que bati a cabeça e quase morri. Entendi tudo naquele momento em que quase morria e tu falavas com tua esposa. Teus motivos eram me sacanear para dar uma vida de jovem menina rica para tua esposa bulica. Motivaço Cara! – Henrique espumava pela boca e Eduardo chorava ao ouvir suas próprias canalhices, misturando ao esperma do amado às suas lágrimas.

- Achei que tu me amavas…?
- Não se engane, eu nunca disse isso. Eu te dei o que tu quis, prazer, e tu me deste o que eu queria, VINGANÇA!
- Mas tu comeste o meu… quero dizer, eu vestir roupa de mulher, fiz tudo o que tu quiseste, só para te divertir, tu és meu único homem.- Eduardo tremia e suava pelas mãos, acendeu um cigarro para se controlar.

- Ta certo que eu te manipulei, mas olha esse vídeo que eu encontrei na rede, esse ‘boneca’ é a tua cara, é incrível esse cara aí. Apaga essa coisa fedorenta, não preciso respirar essa porcaria na minha casa. Cara, aqui se faz, aqui se paga. Agora prova que me ama, vai pra tua casa desse jeito.

Gentil como sempre fôra com todas as pessoas Henrique abriu a porta da casa, deu a carteira de Eduardo, que saiu às ruas de salto e lingerie com o rosto sujo de esperma, fumando compulsivamente e chorando silenciosamente.
- Primeira parte da vingança está completa. Adeus Eduardo.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Aceita um doce?



cuidadosamente tirou o pelo que havia se alojadoentre em sua lingua. Continuou o sexo oral enquanto se masturbava arduamente. A garota gemia ele a devorava. Lindamente a amou no jardim daquele lugar desconhecido enquanto caia uma chuva fina e magrela que conduzia o cunilingua em uma horda de gemidos desesperados e abafados. Ele a fez sentir sexualmente realizada pela primeira vez; ao acabar ela lhe ofereceu um numero de telefone, talvez pelo descaso dela para com ele iniciamnte ele diz:
- O que é isso?
- O numero do meu celular.
- Moça, não se engane, não irei lhe ligar.
Sincero como foi desde que a encontrou naquele inferninho ele não se importa com o impacto de sua frase.
Andreas abriu a mochila, pegou um pirulito.
- Aceita um doce moça?
Ela recusou, Andreas partiu para o ponto de onibus lambendo o doce.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Um retrato anterior ao de Heroi


A única preocupação da vida de AMP desde que se lembra, é a de entender o funcionamento das coisas, das pessoas, de si mesmo e da vida.

AMP, está sentado no banco de reservas do campo de football, lugar onde ele fora tão feliz, olha a tão estimada San Germano High School que esta em festa, esta é a última vez que ele senta neste banco como aluno da instituição. Ele pega um baseado e o acende, senta no gramado, fuma, tosse um pouco, é a primeira vez que faz aquilo, não tem intuito de repetir tal acto. Aceitou pois sabia que é da mãe de Gary; ela sofre de câncer, o governo permitiu que ela tenha uma pequena plantação, tudo para aliviar a dor. Mas AMP não quer pensar na legalização ou da proibição da cannabis. Pensa em sua vida.
Little Italy é uma bairro interesante (ele passou toda a vida aqui) em setembro há a festa de são Genaro, são onze dias de festa. A maioria da populçao tem o sangue italiano correndo nas veias, o calor dos antigos romanos. Ninguém é fleumático nesse bairro.

Tem coisas que herdamos de nossos genitores.

Fim do verão, ínico da festa de São Genaro, quase um ano atrás. AMP entra na sala de sua casa, os pais parecem terem se divertido nesse dia.
-Mãe, pai, tenho um coisa que quero lhes contar, mas não sei como.
Dora, fica aflita: - Pode falar meu filho!
- o que tens para nos contar Marcello?- diz o pai com um tom mais severo na voz.
- Eu quero a emancipação. - Os pais nem agurmentaram contra ou a favor, apenas aceitaram o facto do filho querer ser livre. O que o deixou AMP ligeiramente entristecido, parecia descaso com o único filho. Contudo era o que ele queria, não haveria motivos para a tristeza ou decepção.
Dora é economista, trabalha em um escritorio no lado nobre de Manhattan, facto que consume o tempo como esposa e mãe, era a mulher mais disciplinada do mundo. Bernad, o pai, é cheff e tem o seu próprio restaurante e uma pizzaria, onde o filho trabalha como entregador. Da mãe aprendeu a se organizar e economizar, do pai aprendeu a servir e a ser honesto.

Onde nos levará as várias escolhas que fazemos?


O baseado chegou ao seu fim, uma leve tonteira. Uma pessoa vem chegando. Era dona Caruso, a esposa do diretor. Ela aponta uma arma para o rapaz com as mão tremulas:
- Arthur, saiu de casa faz uma semana, disse que não podia mais ficar comigo, que estava apaixonado por alguém, por um homem. Hoje vim aqui para conversar com ele, e acertar tudo de vez; foi quando eu te vi entrando com aquele outro garoto, ai entendi tudo, meninos levam meninas para o baile de formatura. Arthur, sempre falou em ti, elogiava, o melhor aluno, o exemplo, o popular, o carismático, o esforçado Antonio. Te chamava pelo primeiro nome, muita intimidade e aquele estágio com ele depois da aula? Voces faziam amor até as sete da noite? Riam de mim depois?- A senhora Caruso não aguenta e a tira, deixa a arma, o corpo e sai correndo.
O tiro teria matado qualquer pessoa comum, mas nada na vida de AMP desde a puberdade é comum, ele cresceu mais rápido que todos os seus amiguinhos, e ainda hoje é maior que todos os seus amigos do time. Um dia voltando para casa um carro o atropelou, ele nao se feriu nem um pouco, foi ai que ele percebeu que era um esquisito. Decidiu esconder que não se machucava. Tentou de varias formas sangrar um pouco mais não pode. Escondia-se de médicos, dentitas e vacinas como o mal foge do correto.

O que as pessoas fariam se não se machucassem? Foi que Amp se perguntou naqueles anos, e se pergunta até hoje. Então uma dúvida surgiu: esconder-se ou ajudar as pessoas? Era necessario saber como ajudar as pessoas. Treinou o corpo e o intelecto para que ele fizesse a diferença. Entendeu cedo por que nasceu diferente dos demais seres humanos: para ajudar pos que não podem fazer por si. E o fez, das varias maneiras possiveis, para um adolescente.
Football a paixão de um povo, a grande paixão do garoto. Não se machucar não chega ser desonesto para com os outros jogadores. AMP descobriu em si uma força herculea, nos primeiro dias mal conseguiuusar um lápis sem quebrar, aos poucos foi conseguindo se adaptar a sua nova condição, forgou uma acidente para abandonar as competições de football e de greco romano, e terminou com a namorada. Contudo não se ilosou do amigos, tornou-se apenas mais distante. Agora tinha mais tempo para estudar e treinar, ver quantos kilos conseguia erguer e quando te impacto suportar, o melhor é podder voar pela cidade, viver livremente por alguns minutos.

Todas as pessoas guardam segredos.

Amp pegou arma do chão e amassou até ela virar uma esfera de metal. Jos o seu melhor amigo o encontrou, o fazendo entrar na festa. Faz um mes que
Amp descobriu que o seu amigo mantinha um relacionamento como o diretor da escola. Sem julga-los, ele apenas quis saber se o sexo era consensual, nada mais importava para Amp que o bem estar das pessoas ao redor. Uma semana antes do Baile de Formatura o diretor disse que havia conseguido uma bolsa de estudo na UNY, para o seu melhor aluno, mesmo dia em que Jos o convidou como par para o Baile.
Todos estao calados dentro da escola.O momento mais importante da vida acadamencia de muitas pessoas estará para ser anunciado: O rei e a rainha do baile, cume da vida social academica de muitos. Quando lhe anunciaram o nome, Amp estremeceu nao espera que fosse ele a ser escolhido e ter de dança com a menina mais bonita da escola.
bem que as rainhas do baile poderiam ser as mais inteligentes oh Sophie

Faça o certo ou o mais fácil, mas não fique na dúvida.

O chaufeur explicara que o outro motorista havia mudado pois ele passara mal no mio do espediente, ele sorriu simpaticamente para os dois moços, Amp e Jos. Chaufeur tinha um leve sotaque francês quase imperceptivel ao ouvido nu. Como Jos estava bebado, resolveram passar em um café.
- Amp o que é rat rôti?
- Rato assado em frances, por que Jos?
- Por nada, eu vi o nome de uma banda que era asim, desde quando tu falas france?
A conversa foi interrompida pois o chaufeur da limosine anuncia a chagada da casa de Jos.
-Où vous voulez aller,
monsieur ?
- Eu queria ir para um lugar secreto, onde eu pudesse pensar livremente, onde eu pudesse voar....
-
Tout droit, monsieur, mais il faudra un certain temps.
- Se existir lugar assim, por mim levaria o tempo necessario.
rei do baile formado com louvor orador da turma indestrutivel ganhador de bolsa de estudo ele sera medico concerteza o mais capaz um orgulho para nós voar lugar especial o que eu vou ser quando crescer o que serei faculdade football super força heroismo garoto estranho
- C
es confondre jeune homme?
-disse o chauffer pra o garoto.
- Um pouco sim, um pouco confuso. Amp sorri constrangido.
O chaufeur estaciona o carro e passa a admirar os olhos esverdeados do garoto.
- Teu sobrenome é de Páris, não é? - Amp faz apenas um sim com a cabeça. - Belo sobrenome. Sabe de Páris, quando eu tinha um pouco menos da idade que tu tens agora um homem me disse que eu era como um deus entre os insetos. Mas nunca me sentir um deus, ou pensei que as outras pessoas eram insetos. Há uma escolha para se fazer agora, tu tens que escolher entre o certo e o mais fácil.
- Onde estamos senhor?
- Onde tu me pedistes para te trazer , um lugar onde tu podes escolher, ser livre , voar, onde tu podes ser indestrutivel.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

o Psiquico.

ele chegara cedinho, era o primeiro paciente do Dr. Z, que por sua vez não estava com um humor sádio.
Dr. Z, tinha milhares de pensamentos, e todos caiam sobre a pélvis de uma certa mulher.
Impaciente, o médico perguntou o que aflingia o jovem.
- Eu sei o que as pessoas pensam, Doutor. - aquilo foi quase um sussurro.
O enérgico homem da medicina riu por dentro, aquele seria um dia longo. Então, enquanto pensava na sua recepcionista receitava um anti-psicótico para o seu paciente.
- Doutor, o meu caso é sério, eu não sei o que fazer. Acredito que um anti-psicótico não resolverá o meu problema...
- Acho que é só... aqui está a receita. - nem se quer olhou o rapaz. Pegou o telefone apenas para ouvir a voz da recepcionista.
- Preste atanção em mim, seu médico de araque! Tu não tens chance com ela. Ela e a neurologista do quinto andar tem um caso que já faz um mês. É por isso que ela anda toda perfumada e arrumada agora.
Z ficou constrangido, não pela recepcionista ser lésbica, mas por ter sido chamado de "médico de araque" por um garoto de quatorze anos. Engoliu seu orgulho a seco e perguntou:
- Quando e como começou?
- Faz sete semanas, aconteceu quando eu me masturbava no banheiro pensando na Scarlet Johanson, ai quando tava quase lá, eu a vi, e ouvi o que ela pensava. Quando fiz quatorze anos, acordei ardendo e pareceu que eu ia explodi. E explodi... Não quero parar quero saber controlar.
- Entendo. Que tal...
- Não. Sonoterapia iria piorar a situação. Eu viajo nos sonhos das pessoas. Alguns sonhos são terríveis.
- Faça uma arte marcial, que o ajudará a organizar seus pensamentos, controlar sua respiração, e lhe dará a concentração necessária.
- Acho que isso dará certo. Obrigado doutor.
O médico pegou o pagamento da mãos do garoto, que lhe sorriu. Z reparou bem naqueles profundos olhos azuis, e naquele sorriso encantador.
Assim que o paciente saiu, Z fez uma ligação:
- Encontrei um psíquico.
- Onde?
- Aqui no meu consultorio.
- Passe-me os dados.
- Bem... - Z, percebeu que ele nao lembrava nada sobre o garoto, nem o nome.- ele tem quatorze anos e olhos azuis. O resto ele apagou da minha mente.
- Essa será uma grande aquisição para nós. Até Breve Z.


quinta-feira, 28 de maio de 2009

Os olhos de meninos trites que lêem H.Q esperando o mundo mudar antes do jantar-






Hey, hey Super heroi me deixa tocar na tua parte mais sagrada, deixe-me beber de teu vinho acredoce.

Ei, ei , ei super heroi coloca dentro de mim essa tua semente, cola dentro de mim a tua esperança.

Eu vou beber todo o licor de teu desejo, cara! Minha boca te espera para mostrar outro caminho.

As espaçonaves nao dizem nada antes do gozo final. Minhas mãos tecem os labirnots de minotauros azuis. Eu so quero abrir a boca receber teu vinho. Eu so quero beijar a parte sagrada de teu ser. Eu apenas quero ver teu olhos ficarem brancos.

Ei, super heroi me demonstra mais uma vez o teu poder

Hey, hey super heroi como é doce esse teu poder.

sábado, 28 de março de 2009

danse macabre

"A Morte afina então sua rabeca e começa a tocar. Os mortos erguem-se das sepulturas e dançam com movimentos grotescos, com os ossos sacudindo e chacoalhando, como o xilofone deixa claro. O ritmo se acelera e a dança torna-se cada vez mais selvagem e febril. De repente, o galo canta o amanhecer. Os mortos voltam para suas sepulturas e a Morte guarda sua rebeca.

quarta-feira, 18 de março de 2009

O Boa Morte e Eu.



A hora é absurda em uma madrugada ensolarada. Acordei, pois meu gêmeo solfejava sua voz de baritono na cama acima da minha. A casa estava toda iluminada as 3:31 da manhã. Acordei com a lembrança de que a porta principal estava destrancada e era meu dever trancá-la. Era manhã em minha casa e alta madrugada na rua. Quando olhei a porta, tive aqueles agoiros que se tem antes ao perigo certo. Fingi não ligar para aquele presságio. Antes de tracar a porta eu a abri. Assustei-me com a figura na porta. Parecia Césare, o sonâmbulo de "O gabinete do doutor Caligare". Ele estava parado. Seus olhos estavam fechados que abriram com minha presença, eram grandes e esbulhados com olheiras colossais. Homem de pele amarelada e enrrugada, apesar de sua pouca idade, em suas mãos grandes e pálidas segurava firmemente uma pistola estilizada. Dizem que ele mesmo a desenhou e construiu. Eu sabia quem ele era e o que viera fazer. Tentei fechar a porta e fingir que aquilo não havia acontecido. Apesar do meu esforço, ele era mais forte que eu. Adentrou a casa já engatilhando a arma e colocando em minha têmpora direita. Então, um gosto amargo adentrou a minha boca e não saiu. Para ter certeza que era eu sua vítima, tocou-me a testa com seus dedos longos e gélidos e uma luz debroçou sobre mim revelando a marca do Culto do qual faço parte.
"eu sou apenas um iniciado o que tu podes querer comigo?"
Pensei para que ele ouvisse, mas não houve respostas.
"devo ter irritado alguém importante realmente para te enviarem ao meu incalço, não?"
A reposta que ouvi foi o engatilhar da arma.
Com uma voz rouca e fraquíssima eu disse: -Não posso morrer sem dizer algo a uma pessoa antes!
Então pensei no amor de minha vida e lhe enviei minha declaração de amor (P.S: eu te amo).
Após isso, embebido em coragem, disse: -Não permitirei que alguém tire a minha vida desta forma. Tenho uma proposta: Roleta Russa!
Ele não tinha expressão em seu rosto. Peguei a pistola de sua mão e rolei o tambor me recriminando por dentro,
"estas louco homem tu vais jogar roleta russa com um cara que é chamado de O Boa Morte o maior manipulador de propabilidades que já se ouviu falar dizem que ele nunca errou um tiro na vida".
Fechei os olhos, respirei corretamente, abri os olhos e apertei o gatilho. Boa Morte estava extaseado. Em meus pensamentos apenas sossego e tranquilidade.
Boa Morte sorriu e disse:
- Parece que o jogo não acaba aqui para ti, rapazinho. - Seu ato seguinte foi fazer o tambor dançar e atirar contra a cabeça.
- Parece que eu também continuo na dança da grande roda que nunca para de girar.
Não pude me conter e falei demais para variar: - Acho que as tuas balas acabaram, isso sim. - Eu sabia que havia quatorze lugares para balas dos quais treze estavam preenchidos.
Sua resposta foi um "talvez sim, talvez não" desprocupado.
- Bon pracer per ti. - eu disse.
O asco quase pula de seu corpo para me atacar. Percebi que ele não entendeu o que eu disse, e expliquei-lhe:
- Agora somos nós que o observamos.
- Até parece.
- Sim, é a nossa vez. Estamos de olho em ti, ande com cuidado por aí.
Ele virou-se de costas e saiu de minha casa sem mais nada dizer.
Eu por minha vez me repreendia: -Tu tinhas de dar uma de macho alfa no final, né? Foda-se! Tu já dissestes mesmo, então aguenta o tranco, fresquinho.
Tranquei bem a porta e fui escovar os dentes para ver se sumia aquele gosto amargo de minha boca.



domingo, 8 de março de 2009

Invisible Guy

Triste o rapaz que ficou invisível tempo demais, e quando quis sair do seu exílio não pode ser visto mais. Esse rapaz invisível nasceu, morreu e renasceu no que sempre foi: Um gato no cio querendo lamber as próprias bolas.
Anima-se dizendo para si mesmo em um sorriso amarelo:
- Serei como um gato no cio, andando por ai procurando aventuras perigosas nas madrugadas escuras e chuvosa, já que perdi a melhor coisa da minha vida e o mundo desmoronou sobre mim. Ao menos sai intacto e ainda ando equilibrado, não sangrei, mas fui eu que saiu machucado, apenas eu. É tão triste saber que as coisas nunca mais serão as mesmas. Outravez será apenas eu e eu. Se morri é hora de renascer, erguer asas e voar.
Não mendigarei afecto, atenção, não aceitarei ser a ultima opção, prefiro ser odiado a ser desprezado.
O engraçado foi que sai do palco e nem perceberam. Prelo que paguei por ser invisível, preço pago por ser um d'us: intocável, inalcansavel, irrepreensivel, sem culpa e sem arrependimentos. Fui tempo demais.
Antes de conhecer aqueles olhos eu nunca havia me magoado, me decepcionado, quando eu me sentia triste eu me bastava, agora sei o que é a dor da solidão, sei o que é ser humano, é doí ser humano, pois a única pessoa que amei, amei como a mimesmo. Descobri quão doce é o amor, e quão amargo ele pode se tornar, não suportei a a amargura do meu.
Hoje eu repito o tempo todo: -Não fico carente eu me basto. Quem ama a si mesmo não sofre com desprezo.
Triste invisivel rapaz que resolveu mudar voltando a ser o que sempre foi.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Fiat Lux




14....
O além desde o profundo se pertuba por ti,
Para te encontrar na tua chegada;
Ele desperta as sombras por tua causa
E todos so príncipes da terra,
Levanta todos os reis dos tronos.
Todos eles respondem e te dizem:
Tu também estás fraco como nós?
Tu estás parecido conosco agora?
A tua soberba está abatida na cova,
O som de tua música também;
Dormis em uma cama de gusanos,
E os verme são o teu lençol.
Como caíste do céu, ó Estrela da manhã,
Filho da alva!
Como caíste na terra,
Tu que maltratas as nações!
Tu falavas para ti mesmo:
Eu subirei ao céu;
Acima das estrelas estabelecerei meu trono?
E me assentarei nas extremidades do Norte;
Subirei acima das mais altas nuvens,
E serei um Todo-O-Poderoso?
Contudo tu serás lançadoem um precipício
Para o reino dos mortos,
No lugar mais profundo do abismo.
As pessoa vão passar por ti , te olhar e dizer:
Este é o homem que fazia a terra estremecer,
E fazia tremer de medo as pessoas?
Todos os reis, sim , todos eles,
Jazem em seus túmulos com honra.
Mas tu estas na lama, fora da sepultura,
Como um primogênito bastardo,
Coberto de mortos transpassados à espada,
Cujos os cadáveres não descem à cova
E são pisados por pedras.
Com ele não te reunirás em sepultura,
Porque destruites a tua terra
E matates teu povo.