ele chegara cedinho, era o primeiro paciente do Dr. Z, que por sua vez não estava com um humor sádio.
Dr. Z, tinha milhares de pensamentos, e todos caiam sobre a pélvis de uma certa mulher.
Impaciente, o médico perguntou o que aflingia o jovem.
- Eu sei o que as pessoas pensam, Doutor. - aquilo foi quase um sussurro.
O enérgico homem da medicina riu por dentro, aquele seria um dia longo. Então, enquanto pensava na sua recepcionista receitava um anti-psicótico para o seu paciente.
- Doutor, o meu caso é sério, eu não sei o que fazer. Acredito que um anti-psicótico não resolverá o meu problema...
- Acho que é só... aqui está a receita. - nem se quer olhou o rapaz. Pegou o telefone apenas para ouvir a voz da recepcionista.
- Preste atanção em mim, seu médico de araque! Tu não tens chance com ela. Ela e a neurologista do quinto andar tem um caso que já faz um mês. É por isso que ela anda toda perfumada e arrumada agora.
Z ficou constrangido, não pela recepcionista ser lésbica, mas por ter sido chamado de "médico de araque" por um garoto de quatorze anos. Engoliu seu orgulho a seco e perguntou:
- Quando e como começou?
- Faz sete semanas, aconteceu quando eu me masturbava no banheiro pensando na Scarlet Johanson, ai quando tava quase lá, eu a vi, e ouvi o que ela pensava. Quando fiz quatorze anos, acordei ardendo e pareceu que eu ia explodi. E explodi... Não quero parar quero saber controlar.
- Entendo. Que tal...
- Não. Sonoterapia iria piorar a situação. Eu viajo nos sonhos das pessoas. Alguns sonhos são terríveis.
- Faça uma arte marcial, que o ajudará a organizar seus pensamentos, controlar sua respiração, e lhe dará a concentração necessária.
- Acho que isso dará certo. Obrigado doutor.
O médico pegou o pagamento da mãos do garoto, que lhe sorriu. Z reparou bem naqueles profundos olhos azuis, e naquele sorriso encantador.
Assim que o paciente saiu, Z fez uma ligação:
- Encontrei um psíquico.
- Onde?
- Aqui no meu consultorio.
- Passe-me os dados.
- Bem... - Z, percebeu que ele nao lembrava nada sobre o garoto, nem o nome.- ele tem quatorze anos e olhos azuis. O resto ele apagou da minha mente.
- Essa será uma grande aquisição para nós. Até Breve Z.
Hommage
Há 12 anos
7 comentários:
(agora, vai, hehehe)
olá, muito boa estória.
gostei do lance com o sexo que existe no texto.
achei bacana demais a compilação e a reunião de fatos que escreveu, achei ótimo mesmo.
legal esse Z, hehehe
sorte e luz.
Z... é um personagem pra lá de interessante!
hasta!
muito interessante digna de merecer um filme sobre Z
Você está cada vez melhor.
Continue, meu caro.
Continue...
Acho que esse outro poder atribuído ao muleque foi mais por parte de sua negligência e o atordoamento pelo despir de seus pensamentos. Vai que essa moda pega, já pensou? O que teria de "tarado" sendo preso na rua... Bom conto! S/ prolixidade e s/ ser omisso.
Já viu minhas poesias, depois veja meus contos nas postagens antigas.
abraço
poxa, me decepcionei, tu começa muito bem e ate da uma margem tetrica a cosia, mas infelizmente mata toda a graça da historia com esse filme tipo x-man, batido e cliche.
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