quarta-feira, 24 de junho de 2009

o Psiquico.

ele chegara cedinho, era o primeiro paciente do Dr. Z, que por sua vez não estava com um humor sádio.
Dr. Z, tinha milhares de pensamentos, e todos caiam sobre a pélvis de uma certa mulher.
Impaciente, o médico perguntou o que aflingia o jovem.
- Eu sei o que as pessoas pensam, Doutor. - aquilo foi quase um sussurro.
O enérgico homem da medicina riu por dentro, aquele seria um dia longo. Então, enquanto pensava na sua recepcionista receitava um anti-psicótico para o seu paciente.
- Doutor, o meu caso é sério, eu não sei o que fazer. Acredito que um anti-psicótico não resolverá o meu problema...
- Acho que é só... aqui está a receita. - nem se quer olhou o rapaz. Pegou o telefone apenas para ouvir a voz da recepcionista.
- Preste atanção em mim, seu médico de araque! Tu não tens chance com ela. Ela e a neurologista do quinto andar tem um caso que já faz um mês. É por isso que ela anda toda perfumada e arrumada agora.
Z ficou constrangido, não pela recepcionista ser lésbica, mas por ter sido chamado de "médico de araque" por um garoto de quatorze anos. Engoliu seu orgulho a seco e perguntou:
- Quando e como começou?
- Faz sete semanas, aconteceu quando eu me masturbava no banheiro pensando na Scarlet Johanson, ai quando tava quase lá, eu a vi, e ouvi o que ela pensava. Quando fiz quatorze anos, acordei ardendo e pareceu que eu ia explodi. E explodi... Não quero parar quero saber controlar.
- Entendo. Que tal...
- Não. Sonoterapia iria piorar a situação. Eu viajo nos sonhos das pessoas. Alguns sonhos são terríveis.
- Faça uma arte marcial, que o ajudará a organizar seus pensamentos, controlar sua respiração, e lhe dará a concentração necessária.
- Acho que isso dará certo. Obrigado doutor.
O médico pegou o pagamento da mãos do garoto, que lhe sorriu. Z reparou bem naqueles profundos olhos azuis, e naquele sorriso encantador.
Assim que o paciente saiu, Z fez uma ligação:
- Encontrei um psíquico.
- Onde?
- Aqui no meu consultorio.
- Passe-me os dados.
- Bem... - Z, percebeu que ele nao lembrava nada sobre o garoto, nem o nome.- ele tem quatorze anos e olhos azuis. O resto ele apagou da minha mente.
- Essa será uma grande aquisição para nós. Até Breve Z.


7 comentários:

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

(agora, vai, hehehe)

olá, muito boa estória.
gostei do lance com o sexo que existe no texto.
achei bacana demais a compilação e a reunião de fatos que escreveu, achei ótimo mesmo.
legal esse Z, hehehe
sorte e luz.

Leandro Noronha da Fonseca disse...

Z... é um personagem pra lá de interessante!


hasta!

Anônimo disse...

muito interessante digna de merecer um filme sobre Z

Germano Viana Xavier disse...

Você está cada vez melhor.
Continue, meu caro.
Continue...

Eduardo Martins disse...

Acho que esse outro poder atribuído ao muleque foi mais por parte de sua negligência e o atordoamento pelo despir de seus pensamentos. Vai que essa moda pega, já pensou? O que teria de "tarado" sendo preso na rua... Bom conto! S/ prolixidade e s/ ser omisso.
Já viu minhas poesias, depois veja meus contos nas postagens antigas.
abraço

Anônimo disse...

poxa, me decepcionei, tu começa muito bem e ate da uma margem tetrica a cosia, mas infelizmente mata toda a graça da historia com esse filme tipo x-man, batido e cliche.