
Dueño Mio
Não podes, dono meu, ficar comigo?
Não posso dividir contigo o leito?
Só quero ao coração sentir teu peito,
Ouvir baixinho os ecos do que te digo.
Passar a noite inteira, meu amigo,
Calado ao teu calor, no abraço estreito
A vida te entregar,e, sastifeito,
Tomar por novo lar tão breve abrigo.
Partir é nescessário infelizmente
E o leito agora encaro com tristeza:
Tão vasto, tão vazio, e nada quente!
À noite, novamente à mesma mesa,
Jantamos, o meu medo já presente:
Dormir contigo é vão; sonhar certeza.
(Salvador Novo)
literatura hispano americana.
Salvador Novo, Nasceu em 1904, na Cidade doe México. Fundador, junto con Xavier Villaurrutia, das revistas Ulises (1927) e Contemporáneos (1928), foi ativo participante na renovação da literatura nacional (mexicana) Premio Nacional de Literatura em 1967.
Novo revitalizou a poesia hispano-america com seus versos homoeróticos. ostentando sua homossexualidade em uma época em que os gays mexicanso ainda eram presos e condenados a trabalhos forçados. O poeta brasileiro Glauco Mattoso traduziu alguns poemas de Salvador Novo.
Obras publicadas: XX poemas (1925), Nuevo amor (1933), Espejo (1933), Seamen Rhymes (1934), Décimas en el mar (1934), Romance de Angelillo y Adela (1934), Poemas proletarios (1934), Never ever (1934), Un poema (1937), Poesías escogidas (1938), Dueño mío. Cuatro sonetos inéditos (1944), Decimos: "Nuestra tierra" (1944), Florido laude (1945), Dieciocho sonetos (1955), Poesía 1915-1955 (incluye Poemas de infancia, 1955), Sátira (1955) y Poesía (l961).
Um comentário:
Salvador Novo. Ainda não conhecia esse grande e vanguardista poeta. Semelhante a Lorca em alguns aspecto embora sua poesia ter carater próprio.
Valeu, Diego.
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